Hoje iremos deixar de lado os super-heróis coloridos e falar de uma das maiores franquias pós-apocalípticas de todos tempos... Estamos falando de Mad Max, dirigida e escrita por George Miller, um ex-paramédico apaixonado por filmes do gênero Western, que um belo dia resolveu unir sua vocação com a sua paixão.
No primeiro filme de 1979, conhecemos Max Rockatansky, um policial encarregado de "interceptar" rachadores de estrada e manter a ordem. Porém, sua vida muda completamente quando cruza o caminho de uma gangue de motoqueiros, liderados por Toecutter, que passam a atormentá-lo e às pessoas mais próximas dele, como seu colega de trabalho Jim Goose, sua mulher Jessie e seu filhinho. Quando os carniceiros destroem a vida de todos os seus entes, Max se encarrega de tirar do caminho um por um, incluindo o líder da gangue.
Mad Max no Cinema em Casa, SBT.
Óbvio que um filme tão rentável renderia uma provável continuação. Agora sob a chancela da Warner Bros, e com 2 milhões no bolso, veio o filme que serve até hoje de inspiração para outros (vide O Livro de Eli, Snowpiecer e The Rover).
Max Max 2 ou The Road Warrior (nos EUA) se passa logo depois dos eventos da produção de 79, e percebemos de primeira que a civilização como conhecíamos deixou de existir, devido a falta de combustíveis fósseis (alusão à época da Crise do Petróleo entre o Oriente Médio e o Ocidente), de guerras intermináveis (alusão à Guerra Fria) e de recursos naturais, sendo que tudo virara um deserto sem fim e pilhagem de carros. A película segue a linha meio western de filmes em que o cavaleiro solitário e lacônico, que não quer se envolver de forma alguma com as pessoas, acaba se vendo forçado a ajudar um forte ou uma cidade da invasão de um horda sedenta por algo valioso (no caso, o petróleo) e por sangue. Cabe a ele o papel de guardião, mesmo que ele não se veja como tal.
...e teve essa merda também.
O filme nos apresentou personagens marcantes como o líder dos arruaceiros, Lorde Humungus - O Aiatolá do Rocknrolla -, seu cão de guerra, Wes, o Menino Fera, habilidoso no bumerangue, e o Capitão Gyro, criador de cobras e piloto de girocóptero, que logo no início arruma uma treta com o nosso herói, mas logo depois viram "sócios". O filme foi um grande sucesso de bilheteria e de público, botando Miller e Gibson em evidência.
Mad Max 2 na Temperatura Máxima em 1997.
Nem preciso dizer que o filme é o mais fraco da série, apesar da excelente contribuição da Tina com a música "We Don't Need Another Hero", tocada a exaustão e que acabou virando símbolo pra trilogia toda. O excesso de trama, assim como a falta de ação, faz com que o filme seja monótono.
Mad Max - Além da Cúpula do Trovão no Tela Quente de 1991.
Já Mel Gibson foi fazer filmes em Hollywood, alcançado fama maior depois de estrelar a franquia Máquina Mortífera, fazendo par com Danny Glover, e sendo dirigido por Richard Donner (sim, o mesmo que fez Superman 1 e 2, A Profecia e Os Goonies). Assim como Miller, ele tem 2 Óscars na estante, um como diretor e outro de produtor por Coração Valente.
O personagem dele em Máquina Mortífera também era um biruta...
Que delícia de aquisição!
CURIOSIDADES:
- Uma das cenas do primeiro filme de Jogos Mortais é baseada na cena final em que Max Rockatansky algema o personagem Johnny the Boy e da um serrote para cortar a perna e se livrar das algemas (Que eram muito resistentes) antes que a gasolina exploda.
- A voz do ator Mel Gibson em Mad Max foi dublada na versão exibida nos cinemas americanos. Tal decisão foi tomada pelos produtores após assistirem o filme e considerarem que o público norte-americano teria dificuldades em compreender o sotaque australiano que Gibson tinha na época.